domingo, 22 de janeiro de 2017

ATENÇÃO GESTOR PÚBLICO


O que é ser “um bom administrador público”? Os desafios são diversos,  incluem não apenas a gestão de recursos financeiros, abrigam temas como a busca por melhores condições de trabalho aos colaboradores, os cuidados com o meio ambiente, o uso parcimonioso e ético dos recursos, o respeito à gestão dos recursos humanos que com eles colaboram e diante da necessidade de convivência diária com o jogo político local, além das relações junto à sua comunidade e, ainda, junto aos governos estadual e federal. Portanto, amplia-se um pouco mais o grau de exigências a serem enfrentadas por um administrador municipal. Encontramos em nossa Constituição da República de 1988 as competências, direitos e obrigações dos municípios, além de relacionar os princípios que norteiam a Administração Pública: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência. Com isso, surgiriam novas grandes responsabilidades ao gestor municipal, cabendo-lhe, entre outras funções executivas, o planejamento, a coordenação, o controle e a avaliação de suas prerrogativas.

Para cumprir bem esta missão de zelar por direitos fundamentais do cidadão, como as áreas da saúde, educação, moradia, segurança da população, além de administrar a cidade de modo a promover permanentemente a melhoria da qualidade de vida a seus moradores, o chefe do executivo municipal precisa desenvolver suas capacidades para perceber, entender, analisar, criar, comunicar e interagir com a comunidade, os gestores, a equipe de trabalho da prefeitura, além dos representantes legais da Câmara Municipal, que terão importante contribuição para zelar por uma administração saudável e igualitária. Sem essas condições não se pode empreender com êxito, negociar, gerenciar, pacificar, evoluir e incluir o município num padrão de qualidade neste novo cenário, onde as informações são geradas em escala globalizada e circulam cada vez mais em quantidade e velocidade muito superiores à possibilidade humana em absorvê-las.

Portanto, nesses novos tempos, os gestores municipais devem, acima de tudo, administrar no sentido de novas metas que serão devidamente cobradas pelos cidadãos, entre elas: propor meios de garantir e incentivar a participação da sociedade na gestão municipal; apontar rumos para o desenvolvimento economicamente viável, socialmente justo e ecologicamente equilibrado; criar soluções para a melhoria da qualidade da gestão pública, tornando-a mais apta a utilizar os recursos e a prestar melhores serviços à população; apresentar diretrizes e instrumentos para que os investimentos na saúde, educação, equipamentos urbanos, sejam adequadamente distribuídos e beneficiem toda a população; propor ações direcionadas à proteção do meio ambiente – abastecimento de água, áreas verdes e zelar – pelo patrimônio histórico municipal.

Por mais preparado que esteja para atuar, o novo gestor estará à frente de um mundo habitado por conceitos próprios, rotinas específicas, forte legislação e um emaranhado de informações que ganham nova dimensão no quadro atual do desenvolvimento econômico e político do país. Uma boa gestão municipal deve combinar três ferramentas importantes: técnica (baseada em planejamento e gestão das políticas públicas); educação (formação das pessoas para a vida em sociedade – cidadania); e participação (capacidade de estruturar o município para a uma gestão baseada na cooperação).

Estruturar uma equipe de trabalho para atender de forma satisfatória às demandas da sociedade, impõe à Prefeitura a necessidade de utilizar critérios técnicos de seleção, a partir das necessidades das funções a serem executadas. Certamente o critério político para a estruturação da equipe de gestores da prefeitura é um fator difícil de excluir. Mas é importante frisar que, mesmo que a estruturação da equipe se faça exclusivamente por esse critério, o foco deve ser sempre nas competências, a forma ideal para se construir uma cadeia de valores entre a Prefeitura e as necessidades da  população, através de um controle social, planejamento, transparência e responsabilização dos servidores que são base da administração de municípios que se destacam por gerir bem o orçamento.

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